domingo, 7 de agosto de 2011

Feira de Troca Solidária - Agosto

Muitas Trocas...

Ana Person, cantando, Denise Tordin e galera, animando com forró e Phelipe e Joyce, emocionando - Drum Poi.
Gente de Campinas, muitas crianças e o pessoal cada vez maior de Valinhos incrementando e compartilhando uma tarde maravilhosa.
Algumas palavras e emoções: Amor - Descoberta - Energia - Disponibilidade.
Próxima feita - 24 de setembro - 15h às 18h no mesmo local (Pq da Festa do Figo - salão do Clube de Mães)



Drum Poi (Joyce e Phelipe - hang drumm e malabares)

Cadeira para estressados como eu... 

Luiza e Giovana desestressando a gente, criatividade a flor da pele... 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Somos Brasileiros ou Brasilianos?


Images (10)Por 500 anos mentiram para nós. Esconderam um dado muito importante sobre o Brasil. Disseram-nos que éramos brasileiros. Que éramos cidadãos brasileiros, que deveríamos ajudar os outros, pagando impostos sem reclamar nem esperar muito em troca.
Esconderam todo esse tempo o fato de que o termo brasileiro não é sinônimo de cidadania, e sim o nome de uma profissão. Brasileiro rima com padeiro, pedreiro, ferreiro.
Brasileiro era a profissão daqueles portugueses que viajavam para o Brasil, ficavam alguns meses e voltavam com ouro, prata e pau-brasil, tiravam tudo o que podiam, sem nada deixar em troca. Brasileiros não vêem o Brasil como uma nação, mas uma terra a ser explorada, o mais rápido possível. Investir no país é considerado uma burrice. Constituir uma família e mantê-la saudável, um atraso de vida.
São esses brasileiros que viraram os bandidos e salafrários de hoje, que sonham com uma boquinha pública ou privada, que só querem tirar vantagem em tudo. Só que você, caro leitor, é um brasiliano.  Brasiliano rima com italiano, indiano, australiano.  Brasiliano não é profissão, mas uma declaração de cidadania. 
Rima com americano, puritano, aqueles abnegados que cruzaram o Atlântico para criar um mundo melhor, uma família, uma nova nação. Que vieram plantar e tentar colher os frutos de seu trabalho, sempre dando algo em troca pelo que receberam dos outros. Gente que veio para ficar, criar uma comunidade, um lar.
Que investiu em escolas e educação para os filhos e produziu para consumo interno. Foram os brasilianos que fizeram esta nação, em que se incluem índios, negros e milhões de imigrantes italianos, espanhóis, japoneses, portugueses, poloneses e alemães que criaram raízes neste país. 
Brasilianos investem na Bolsa de Valores de São Paulo. Brasileiros investem em offshores nas Ilhas Cayman ou vivem seis meses por ano na Inglaterra para não pagar impostos no Brasil. 
Brasileiros adoram o livro O Ócio Criativo, de Domenico de Masi, enquanto os brasilianos não encontram livro algum com o título O Trabalho Produtivo, algo preocupante. Como dizia o ministro Delfim Netto, o sonho de todo brasileiro é mamar nas tetas de alguém.
Quem está destruindo lentamente este país são os brasileiros, algo que você, leitor, havia muito tempo já desconfiava. Infelizmente, o IBGE não pesquisa a atual proporção entre brasileiros e brasilianos neste país.
São as duas classes verdadeiramente importantes para entender o Brasil. Mais importante seria saber qual delas está aumentando e qual está diminuindo rapidamente, uma informação anual e estratégica para prevermos o futuro crescimento do país.  Não vou fazer estimativa, deixarei o leitor fazê-la com base nas próprias observações, para sabermos se haverá crescimento ou somente a continuação do "conflito distributivo" deste país. O eterno conflito entre aqueles que se preocupam com a geração de empregos e aqueles que só pensam na distribuição da renda. Os brasilianos desta terra não têm uma Constituição, que ainda é negada a uma parte importante da população. Uma Constituição feita pelos verdadeiros cidadãos, que estimule o trabalho, o investimento, a família, a responsabilidade social, a geração de renda, e não somente sua distribuição. Uma Constituição de obrigações, como a de construir um futuro, e não somente de direitos, de quem quer apenas garantir o seu. 
Precisamos escrever e reescrever nossos livros de história. Em vez de retratarmos o que os brasileiros(não) fizeram, precisamos retratar os belos exemplos e contribuições do povo brasiliano para esta terra. Um livro sobre a História Brasiliana, da qual teríamos muito que nos orgulhar. Vamos começar 2008 tentando ser mais brasilianos e menos brasileiros. 
São 500 anos de cultura brasileira que precisamos mudar, a começar pela nossa própria identidade, pelo nosso próprio nome, pela nossa própria definição. 
Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Por que ser vegano?

Quando rompi a barreira de passar 15 dias sem comer carne, percebi que poderia viver sem ela. Foi durante um evento de educação democrática em Mogi das Cruzes em 2007. Antes disso lembro que poucas vezes pensei em parar, uma delas foi quando viajava e fiquei atrás de um caminhão de galinhas. Não conseguia ultrapassar e aquele cheiro característico, me fez perceber que elas estavam vivas, num amontoado de galinhas, umas sobre as outras em cestas vazadas. No dia estava frio e chovendo, e elas estavam lá no frio e na chuva e com um vento, viajando a sei lá quantas horas, ou, dias. Chega, foi o bastante, ultrapassei e parei de pensar. Algumas vezes me vinha a mente aquela cena, mas, era só desligar e não sofria mais. É estranho pensar como eu fui indiferente e insensível durante tanto tempo depois de começar a enxergar uma verdade. Não pensar é uma forma de afastar o problema que incomoda. O fato de eu estar pensando nas galinhas, na sua dor e não poder fazer nada... eu acreditava que necessitava de carne, que isso era uma coisa normal, todos comiam carne... mas, e o sofrimento delas? Não pensar. Até que experimentei não comer carne durante 15 dias. A alimentação do evento era ovolactovegetariana. Sobrevivi, mas, tinha esquecido das galinhas. Um novo evento, um curso de permacultura, e novamente 10 dais sem carne. Conversa com um e com outro, me falaram de um vídeo: Terráqueos, que iria mexer comigo. Realmente, quando retornei à minha casa ao assisti-lo, fiquei chocado com as cenas que vi, fora as que eu não consegui ver... Terráqueos é uma carnificina do começo ao fim. O pior que não é ficção, mas, realidade. Me indicaram outro vídeo mais "light", A Carne é fraca. Além do lado do animal, mostra em números a poluição causada pela produção de animais para abate,  o impacto no planeta, no meio ambiente e na economia. Me convenceu. Parei com a carne. Comecei a pesquisar o que é ser vegetariano e vi que tem outro termo, vegano, que é mais que o vegetariano, além de não comer carne não consome nada de origem animal. /Vou começar como vegetariano. Pensei comigo mesmo que não vou compartilhar com a matança dos animais e assim, parei de comer carnes. Uma decisão difícil mas, sustentada pela compaixão pelos animais e também pelos números alarmantes de impactos no meio ambiente e na vida das pessoas. Achei até hoje, que estava satisfeito com minha escolha, até que meu filho, que não é vegetariano, me mandou um vídeo de uma palestra de um ativista americano. Mais uma porrada. Ele conta uma história da visita à uma fazenda de produção de leite e diz com todas as letras que é mais cruel tomar um copo de leite do que comer um bife. Na história havia uma vaca, urrando com todas as forças pois tiraram seu filhote. As vacas só dão leite por causa da cria. Na verdade a gente toma o leite que era para o seu filhote. Imaginei uma mãe sendo estuprada para ter um filho só para roubarem o leite dela... Chega. Acho que já adiei demais. Eu aprendi nesse tempo como vegetariano a valorizar as frutas, verduras e coisas da terra, inclusive plantando. Não vou sentir mais falta dos queijos e dos ovos. Um vício a menos...











consumo de carne é:
economicamente INVIÁVEL,
socialmente INJUSTO,
ambientalmente PREJUDICIAL,
ecologicamente INSUSTENTÁVEL,
nutricionalmente DESNECESSÁRIO e
moralmente INACEITÁVEL


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Ecologia e Espiritismo


Ecologia e Espiritismo

É urgente que o movimento espírita absorva e contextualize, à luz da doutrina, os sucessivos relatórios científicos que denunciam a destruição sem precedentes dos recursos naturais não renováveis, no maior desastre ecológico de origem antrópica da história do planeta. Os atuais meios de produção e de consumo precipitaram a humanidade na direção de um impasse civilizatório, onde a maximização dos lucros tem justificado o uso insustentável dos mananciais de água doce, a desertificação do solo, o aquecimento global, a monumental produção de lixo, entre outros efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento “ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto”.

Na pergunta 705 do Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a Lei de Conservação, Allan Kardec pergunta: “Porque nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”, ao que a espiritualidade responde: “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se” (...).
É evidente que em uma sociedade de consumo, nenhum de nós se contenta apenas com o necessário. A publicidade se encarrega de despertar apetites vorazes de consumo do não necessário - daquilo que é supérfluo, descartável, inessencial - renovando a cada nova campanha a promessa de felicidade que advém da posse de mais um objeto, seja um novo modelo de celular, um carro ou uma roupa. Para nós espíritas, é fundamental que o alerta contra o consumismo seja entendido como uma dupla proteção : ao meio ambiente - que não suporta as crescentes demandas de matéria-prima e energia da sociedade de consumo, onde a natureza é vista como um grande e inesgotável supermercado – e ao nosso espírito imortal, já que, segundo a doutrina espírita, uma das características predominantes dos mundos inferiores da Criação é justamente a atração pela matéria. Nesse sentido, não há distinção entre consumismo e materialismo, e nossa invigilância poderá custar caro ao projeto evolutivo que desejamos encetar . Essa questão é tão crucial para o Espiritismo, que na pergunta 799 do Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta “de que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?”, a resposta é taxativa: “Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade.(...)”
Uma das mais prestigiadas organizações não governamentais do mundo, o Worldwatch Institute, com sede em Washington, divulga anualmente o relatório “Estado do Mundo”, uma grande compilação de dados e estudos científicos que revelam os estragos causados pelo atual modelo de desenvolvimento. Na última versão do relatório, referente ao ano de 2004, afirma-se que “o consumismo desenfreado é a maior ameaça à humanidade”. Os pesquisadores do Worldwatch denunciam que “altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danificado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida de muitas pessoas”.

Aos espíritas que mantém uma atitude comodista diante do cenário descrito nessas breves linhas, escorados talvez na premissa determinista de que tudo se resolverá quando se completar a transição da Terra ( de mundo de expiações e de provas para mundo de regeneração) é bom lembrar do que disse Santo Agostinho no capítulo III do Evangelho Segundo o Espiritismo. Ao descrever o mundo de regeneração, Santo Agostinho diz que mesmo livre das paixões desordenadas, num clima de calma e repouso, a humanidade ainda estará sujeita “às vicissitudes de que não estão isentos senão os seres completamente desmaterializados; há ainda provas a suportar (...) e que “nesses mundos, o homem ainda é falível, e o Espírito do mal não perdeu , ali, completamente o seu império. Não avançar é recuar , e se não está firme no caminho do bem, pode voltar a cair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e terríveis provas”. Ou seja, não há mágica no processo evolutivo: nós já somos os construtores do mundo de regeneração, e , se não corrigirmos o rumo na direção do desenvolvimento sustentável, prorrogaremos situações de desconforto já amplamente diagnosticadas.

Não é possível, portanto, esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados. Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar à esse mundo pelas portas da reencarnação. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável - sem os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa – deveremos agir agora, sem perda de tempo.

Depois que a ONU decretou que 2003 seria o ano internacional da água doce, os católicos não hesitaram em, pela primeira vez em 40 anos de Campanha da fraternidade, eleger um tema ecológico: “Água: fonte de vida”. Mais de 10 mil paróquias em todo o Brasil foram estimuladas a refletir sobre o desperdício, a poluição e o aspecto sagrado desse recurso fundamental à vida. E nós espíritas? O que fizemos, ou o que pretendemos fazer? O grande Mahatma Gandhi - que afirmou certa vez que toda bela mensagem do cristianismo poderia ser resumida no sermão da montanha – nos serve de exemplo, quando diz “sejamos nós a mudança que nós queremos ver no mundo”.



Fonte 

André Trigueiro (autor deste artigo)Escritor, Jornalista da TV Globo e
autor do livro 'Mundo Sustentável'
http://www.mundosusten

quinta-feira, 7 de julho de 2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A Teia da Vida...

De uma coisa sabemos. A terra não pertence ao homem: é o homem que pertence à terra, disso temos certeza. Todas as coisas estão interligadas, como o sangue que une uma família. Tudo está relacionado entre si. Tudo quanto agride a terra, agride os filhos da terra. Não foi o homem quem teceu a trama da vida: ele é meramente um fio da mesma. Tudo o que ele fizer à trama, a si próprio fará.


carta so Chefe Seattle ao presidente dos Estados Unidos em 1854 >>>